É uma tendência imparável, pegar em reconhecidos e falecidos personagens para lhes dar uma nova vivência digital. Mas qual será o impacto destas re-animações digitais?
No ano passado, a Nvidia fez isso para as imagens com o sistema GauGAN, gerando paisagens realistas, enquanto Daniel Voshart dinamizou o ArtBreeder com uma colecção de imagens diversificadas e agrupadas em cinco grande temas.
No lado mais humano, investigadores deram voz ao padre Nesyamun, uma múmia egípcia com 3.000 anos.
Um monge medieval foi re-animado pelo Face Lab, um centro de investigação na John Moores University em Liverpool, onde já renasceram Bach, Ricardo III ou Arsinoe, a irmã de Cleopatra. E os imperadores romanos já viram a sua cara conhecida pelo público actual.
E a actriz Audrey Hepburn foi integrada num anúncio comercial.
Jay-Z cantou o que não queria e Rasputine adaptou-se a Beyoncé.
E é tudo legal, como refere o Future Today Institute. “Actualmente, não há leis ou regulamentos que impeçam alguém de reanimar outro digitalmente após a sua morte. Tecnicamente, a Samsung usou Rasputine para fins de investigação e publicou um artigo e um vídeo para demonstrar o seu trabalho – mas certamente funcionou como marketing. Em breve precisaremos de confrontar as modernas questões éticas e filosóficas sobre a vida após a morte. A reanimação digital pode ser usada para alterar as percepções das gerações futuras sobre nós? Pode ser usada para contar histórias pessoais alternativas? Pode contaminar os legados que pretendemos deixar?”