A China voltou a negar a adesão como observador à Organização Mundial da Propriedade Intelectual (WIPO) pedida pela Wikimedia Foundation, entidade responsável pela Wikipedia.

Em resposta, 55 organizações – incluindo a Creative Commons Portugal e a D3 – Defesa dos Direitos Digitais – “expressaram as suas preocupações” relativamente a este assunto junto dos membros da WIPO.

Segundo a Wikimedia Foundation, e tal como sucedeu no ano passado, “a China sugeriu falsamente que a Wikimedia Foundation espalhava desinformação através do capítulo independente da Wikimedia em Taiwan. Os Estados Unidos e o grupo de países industrializados da WIPO – que também inclui muitos Estados membros da União Europeia, Austrália, Canadá, Santa Sé, Israel, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Suíça, Turquia e Reino Unido – expressaram o seu apoio ao pedido da fundação. Como a WIPO é geralmente administrada por consenso, qualquer país pode vetar solicitações de credenciação por organizações não governamentais”.

Em 2020, a China “bloqueou” o pedido de adesão Wikimedia considerando-o “inconsistente” e requerendo mais informação. Mas, refere a Quartz, isso “parecia servir apenas como um prelúdio para o ponto crucial da oposição de Pequim à Wikimedia: a existência e as actividades da Wikimedia Taiwan, um dos capítulos da fundação”.

Esta anunciou que irá requerer novamente o estatuto de observador oficial em 2022.