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I Must Not Tell Lies: desinformação e teorias da conspiração

 

Edição: Pedro Fonseca

 

Setembro de 2021

Do que falamos quando abordamos a desinformação? O termo agrega duas definições mais correctas em inglês, a “disinformation” (informação intencionalmente enganadora) e a “misinformation” (informação imprecisa). Ambas se juntam para a elaboração de teorias da conspiração e é neste ambiente que vivemos actualmente.

No entanto, “historicamente, não vivemos numa era de teorias da conspiração”, explica-se nesta obra, e “não só a percentagem de crentes destas teorias diminuiu em grande escala” como “há muitos poucos indícios de que as teorias da conspiração se tenham realmente tornado mais populares nos últimos meses”, apesar dos seus defensores se mostrarem mais radicais e marcarem presença nos media e redes sociais.

Para conseguirem audiências, estas plataformas de disseminação facilitam que qualquer “idiota da aldeia” possa declarar aos seus seguidores que a Terra é plana ou que as vacinas têm microprocessadores. Se as palavras ficassem em ambiente fechado, estas crenças seriam discutidas no grupo familiar e de amigos.

“Era assim que as coisas funcionavam antes da media social – olhava-se em redor e era-se avaliado pelo que as outras pessoas pensavam. É claro que às vezes há divergências, mas em geral as pessoas tendem a não se extremar totalmente por conta própria”.

A Internet e os media salvaram estes “idiotas” porque “qualquer crença, por mais absurda que seja, será apoiada online por alguém”. E isto quando, nomeadamente na actual pandemia, “pessoas com níveis de conhecimento mais baixos tendem a exagerar o quanto sabem”.

E é neste estranho contexto que “os conspiradores são sempre vencedores” porque, ao tentar desmontar os seus argumentos, reforça-se a ideia de validade da própria teoria da conspiração por um alegado interesse em encobrir “a verdade”. O que fazer, então?

Além do que é explicado nas entrevistas elaboradas para o European Science-Media Hub, esta obra inclui notas sobre as notícias falsas online, do francês Conseil National du Numérique, e recomendações da Comissão Europeia e da UNESCO.

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