As capacidades e os conhecimento necessários aos políticos legisladores para conseguirem aproveitar as vantagens das tecnologias digitais escasseiam quando eles têm de lidar com problemas como a crise do coronavírus ou das mudanças climáticas.
Segundo o relatório “Policy making in a digital world – How data and new technologies can help government make better policy“, do “think tank” britânico Institute for Government, a “pobre” gestão de dados foi exacerbada pela falta de liderança, especialmente desde 2017 quando o cargo de responsável dos dados governamentais (“chief data officer” ou CDO) ficou por preencher.
Ela tornou-se mais evidente com a crise pandémica e o “hesitante” programa Test and Trace dos potenciais infectados com o coronavírus.
O documento “argumenta que um melhor uso de dados e das novas tecnologias, como a inteligência artificial, melhoraria a compreensão dos decisores políticos” para este tipo de problemas e poderia potenciar uma maior colaboração em busca de soluções.
Neste cenário, o autor do relatório propõe três recomendações ao governo:
– a rápida nomeação de um CDO “para conduzir o trabalho de melhoria da qualidade dos dados, resolver problemas com a TI legada e garantir que novos padrões de dados são aplicados no governo;
– colocar mais ênfase na literacia estatística e tecnológica ao recrutar e formar funcionários públicos; e
– estabelecer um novo órgão independente para liderar o envolvimento público na formulação de políticas, com um foco inicial em como e quando o governo deve usar dados e tecnologia.