“A transição digital acontece na nossa vida e na actividade criminosa. Se aceleramos a transição digital, as organizações criminosas também a aceleram”, constatou a Ministra da Justiça na apresentação do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo a 2020.

Para Francisca Van Dunem, “o facto de haver mais crimes informáticos, designadamente burlas, prende-se muito com o contexto de pandemia, com a circunstância de as pessoas estarem em espaços confinados e, também, de precisarem de esperança”, num ambiente propício ao aparecimento de “milagreiros, no espaço virtual ou noutros, a prometer curas extraordinárias, antídotos para não importa o quê, quando as pessoas estão mais fragilizadas e têm mais tendência a aderir”.

Num ano de pandemia, o RASI mostra “os mais baixos índices de criminalidade desde que existe” há três décadas, referiu o Ministro da Administração Interna. Segundo Eduardo Cabrita, “a criminalidade geral tem uma redução de cerca de 11% e a criminalidade violenta e grave tem uma redução superior a 13%”.

O RASI será agora entregue na Assembleia da República. Em baixo, as partes do documento relativas à criminalidade informática e à cibersegurança: