O mundo da publicação científica não anda sossegado, como se viu no recente caso de uma revista da Elsevier, quando “Entire board resigns over actions of academic publisher whose profit margins outstrip even Google and Amazon“… Em paralelo, “The EU is ready to agree that immediate open access to papers reporting publicly funded research should become the norm, without authors having to pay fees, and that the bloc should support non-profit scholarly publishing models”. Outro problema é a retracção ou remoção de artigos publicados.
“Nas últimas duas décadas, registou-se uma vaga de retracções. No ano passado, as principais editoras chegaram mesmo a retratar centenas de artigos de revistas em massa, com base em má conduta na investigação. Os comunicados de imprensa enumeram as revistas manipuladas, apontam as fábricas de artigos infractoras, mas raramente comentam os locais que produzem os artigos não fiáveis”, dizem os autores (Guillaume Cabanac, Alexandre Clausse, Laurent Jégou e Marion Maisonobe) deste “The Geography of Retracted Papers: Showcasing a Crossref–Dimensions–NETSCITY Pipeline for the Spatial Analysis of Bibliographic Data“.
O trabalho contribui para se poder efectuar a exploração geográfica de qualquer conjunto de dados bibliográficos e aplica esse fluxo de trabalho ao corpus de 12 mil publicações retiradas pelos seus autores ou editoras. “A análise da distribuição geográfica dos artigos retractados revela uma concentração na Ásia que está a aumentar ao longo do tempo”, asseguram.