A situação dos motores de busca não é propriamente simpática nos dias que correm. Enquanto a Google (a ter de lidar com problemas internos, como explica este artigo “Googlers angry about CEO’s $226M pay after cuts in perks and 12,000 layoffs“) e a Microsoft mexem nos browsers (com algumas consequências inesperadas) e nas suas ferramentas de pesquisa para as dotarem de funcionalidades de inteligência artificial, no Brasil a Google está, com outras plataformas como a Meta, a ser acusada de secretismo e de promover a desinformação.
Nesse sentido, o juiz Alexandre de Moraes determinou a remoção de conteúdos com ataques ao Projeto de Lei n. 2630, conhecido por “PL das Fake News”, como explica o InternetLab. No início de Maio, o juiz do Supremo Tribunal Federal determinou que “as empresas Google, Meta, Spotify e Brasil Paralelo removam conteúdos que veiculem ataques ou promovam desinformação sobre o PL 2630/20. Em detalhe, a decisão instituiu diversas ações de parte das empresas, como a remoção integral, no prazo de uma hora, de ‘todos os anúncios, textos e informações veiculados, propagados e impulsionados a partir do blog oficial da Google com ataques ao PL 2630, inclusive aqueles que se referem como ‘PL da censura’, “como o PL 2630 pode piorar sua internet’, ‘o PL 2630 pode impactar a internet que você conhece’, sob pena de multa de 150.000 reais [cerca de 27 mil euros] por hora de descumprimento, por peça de anúncio. Além disso, Moraes determinou que as empresas apontem, em 48 horas, os métodos e algoritmos de impulsionamento e induzimento à busca sobre ‘PL da Censura’, e deu um prazo de 5 dias para a Polícia Federal recolher depoimentos dos presidentes das empresas. Nos fundamentos da decisão, o Ministro afirmou que as empresas utilizaram mecanismos imorais e ilegais que podem constituir abuso de poder econômico, gerar desinformação e fomentar práticas de ‘milícias digitais nas redes sociais'”.
Em paralelo, como está o “The State of Search 2023“?