“A criptografia rearranja o poder: configura quem pode fazer o quê, de quê. Isto torna a criptografia uma ferramenta inerentemente política, e confere a este campo uma dimensão intrinsecamente moral. As revelações de Snowden motivam uma reavaliação do posicionamento político e moral da criptografia. Elas levam-nos a perguntar se a nossa incapacidade de abordar eficazmente a vigilância em massa constitui um fracasso da nossa disciplina. Acredito que sim. Apelo a um esforço a nível comunitário para desenvolver meios mais eficazes de resistir à vigilância em massa. Apelo a uma reinvenção da nossa cultura disciplinar para atender não só aos puzzles e à matemática, mas também às implicações sociais do nosso trabalho”.
Resumo de “The Moral Character of Cryptographic Work“, de Phillip Rogaway.