Reprogramming the World

“Vivemos num mundo de ‘fake news’, violações de dados pessoais, hacking eleitoral e ciberguerra em que 280 caracteres podem mudar tudo. O nosso passado analógico foi substituído por realidades digitais”. É a partir deste ambiente, descrito na apresentação ao livro, que se justifica afirmar como as tecnologias digitais estão a transformar a sociedade e, em consequência, “o conteúdo das fronteiras internacionais”.

A ideia de um “mundo reprogramado” cumpre a dupla função de “explicar como as tecnologias digitais afetam a governança” e o “processo real e actual que requer a avaliação do desenho do sistema de governança internacional”.

Esta nunca foi um processo estático mas algo mudou radicalmente: não se trata agora do “resultado de uma guerra ou de um contingente de soberanos negociando regras; é um processo tecnologicamente orientado que redistribui o poder dentro deste sistema e desafia o conceito central de soberania territorial”.

“O ciberespaço está a mudar a forma do mundo”, conclui o autor, e “deve ser entendido não apenas dentro do quadro da governança doméstica, mas também dentro do sistema de governança internacional”.