A Coding Rights lançou “From Devices to Bodies”, uma websérie em dois episódios de “conversas com mulheres e pessoas não-binárias, investigadoras que visam ampliar os debates sobre a implementação de biotecnologias e tecnologias digitais que funcionam baseadas na recolha de dados sobre os nossos corpos”.
Episódio 2: Reconhecimento facial: género, raça e território
O primeiro vídeo analisa a “crescente recolha de informações de ADN por empresas e autoridades nos Estados Unidos, Brasil e Europa”, essencialmente. Já o segundo episódio discute os perigos da implementação de tecnologias de reconhecimento facial, seja em câmaras CCTV pelas ruas ou determinados espaços públicos, seja como forma de autenticação de documentos de identidade, em especial quando falamos de mulheres negras e da população trans.
Joana Varon entrevistou a investigadora do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Joy Buolamwini, que, entre muitas outras coisas, se define como “poetisa dos códigos” e é fundadora da Algorithmic Justice League (Liga da Justiça Algorítmica). A conversa aconteceu quando ainda não existia a pandemia de Covid-19 e o distanciamento social não era um imperativo. A conversa com Joy envolve ainda entrevistas com a investigadora Mariah Rafaela, activista e doutoranda a debater temas de violência de género contra a população trans, e que também é consultora da Coding num estudo sobre reconhecimento facial e pessoas trans. E ainda com a twitteira e cientista da computação Nina da Hora.