“Um conjunto de intervenções foram concebidas para reduzir a crença em ‘fake news’ ou a tendência para partilhar tais notícias. Por outro lado, as intervenções destinadas a aumentar a confiança em fontes de notícias fiáveis ​​receberam menos atenção. [D]ada a prevalência muito limitada de desinformação (incluindo de notícias falsas), as intervenções destinadas a reduzir a aceitação ou disseminação de tais notícias tendem a ter efeitos muito pequenos na qualidade geral do ambiente de informação, especialmente em comparação com intervenções destinadas a aumentar a confiança em fontes de notícias fiáveis. Para confirmar este argumento, simulou-se o efeito que tais intervenções têm numa pontuação global da informação, que aumenta quando as pessoas aceitam informações fiáveis ​​e diminui quando as pessoas aceitam desinformação.

Questão de partida
Dados os recursos limitados, devem-se concentrar os esforços no combate à disseminação da desinformação ou no apoio à aceitação de informação fiável?

Resumo
Para testar a eficácia de várias intervenções destinadas a melhorar o ambiente informacional, desenvolveu-se um modelo computando uma pontuação de informação global, que é a parte aceites da informação fiável ​​menos a parte aceite de desinformação.

As simulações mostram que, dado que a maioria das notícias consumidas pelo público vem de fontes fiáveis, pequenos aumentos na aceitação de informação fiável ​​(por exemplo, 1%) melhoram a pontuação da informação global mais do que trazer a aceitação da desinformação para os 0%. Este resultado é robusto para uma ampla gama de parâmetros e também é observado se a aceitação da desinformação diminui a confiança em informação confiável ​​ou aumenta o fornecimento de desinformação (dentro de limites plausíveis).

Os resultados sugerem que mais esforços devem ser dedicados a melhorar a aceitação da informação fiável, relativamente a combater a desinformação”.

Artigo original: Research note: Fighting misinformation or fighting for information? (CC)
Autores: Alberto Acerbi, Sacha Altay e Hugo Mercier