Os EUA ficaram para trás na corrida à tecnologia 5G, defendem Eric Schmidt e Graham Allison, respectivamente ex-CEO da Google e professor de Harvard. Ambos pretendem que a administração Biden coloque o 5G como “prioridade nacional”, não deixando que “a China detenha o futuro” dessa tecnologia.
Na Europa, esta posição parece ser contrariada pelo mercado. No seu mais recente relatório trimestral, relativo a Janeiro passado, o 5G Observatory nota como a maioria dos operadores de telecomunicações se afastou da tecnologia chinesa do 5G.
Áustria, França e Itália são os únicos países em que a ZTE e a Huawei conseguiram ser os principais fornecedores da tecnologia nalguns operadores.
Act. a 18 de Fevereiro: UE intenta processo contra China na OMC para defender setor da alta tecnologia
A União Europeia intenta hoje um processo contra a China junto da Organização Mundial do Comércio (OMC) por este país restringir o acesso das empresas da UE a tribunais estrangeiros para proteger e utilizar as suas patentes. A China restringe severamente as empresas da UE com direitos sobre tecnologias essenciais (como as 3G, 4G e 5G) de protegerem estes direitos, quando as patentes dessas empresas são utilizadas ilegalmente ou sem uma compensação adequada, por exemplo, por fabricantes chineses de telemóveis. Os titulares de patentes que procuram de facto solução em tribunais fora da China enfrentam frequentemente coimas significativas na China, o que os pressiona a aceitar o pagamento de taxas de licenciamento inferiores às taxas de mercado. Esta política chinesa é extremamente prejudicial para a inovação e o crescimento na Europa, privando efetivamente as empresas tecnológicas europeias da possibilidade de exercer e fazer valer os direitos decorrentes da sua vantagem tecnológica.