Apenas uma dúzia de pessoas e as suas organizações são responsáveis por 65% de todo o conteúdo anti-vacinas disseminado nas redes sociais como o Facebook ou o Twitter.
Segundo o estudo “The Disinformation Dozen: Why platforms must act on twelve leading online anti-vaxxers“, do Center for Countering Digital Hate (CCDH), a maioria destas 12 pessoas “permanece nas principais plataformas de media social, apesar das repetidas violações dos seus termos de serviço”.
O CCDH, uma organização sem fins lucrativos com presença no Reino Unido e nos EUA, analisou conteúdo “antivaxx” partilhado ou colocado no Facebook e no Twitter e percebeu que 65% deste tipo de conteúdo “pode ser rastreado até aos principais ‘antivaxxers’ online”, que denominaram de Dúzia da Desinformação” (“Disinformation Dozen”), tendo por base o grande número dos seus seguidores nas redes sociais e o elevado volume de produção de conteúdos.
A análise a 812 mil desses conteúdos decorreu entre 1 de Fevereiro e 16 de Março deste ano. “Nos últimos dois meses, a nossa análise de conteúdo ‘antivaxx’ escrito ou partilhado no Facebook 689 mil vezes mostra que até 73% desse conteúdo teve origem nos ‘antivaxxers’ líderes” – apontados no estudo como sendo Joseph Mercola, Robert F. Kennedy Jr, Ty & Charlene Bollinger, Sherri Tenpenny, Rizza Islam, Rashid Buttar, Erin Elizabeth, Sayer Ji, Kelly Brogan, Christiane Northrup, Ben Tapper e Kevin Jenkins.
Este grupo “viola continuamente os termos dos acordos de serviço no Facebook e Twitter. Embora alguns ‘antivaxxers’ identificados pelo CCDH tenham sido removidos de uma única plataforma, ainda são necessárias acções abrangentes e a maioria permanece activa no Facebook, Instagram e Twitter”.
A análise alargada do CCDH a 425 contas antivaxx permitiu concluir que o total de seguidores atingiu os 59,2 milhões em Dezembro de 2020, um aumento de 877 mil contas desde Junho.
12 pessoas responsáveis por 2/3 da desinformação respeitante a vacinas!!! Estas situações deviam dar lugar a julgamento dados os impactos que têm na saúde mundial. E ficamos perplexos sabendo que violam constantemente as próprias políticas de funcionamento dessas plataformas e continuam a poder ter contas ativas nelas…