O sistema de conteúdos por newsletter Substack (um exemplo…) tem 500 mil assinantes pagos. O New York Times tem 7,5 milhões. Mas não é isso que faz a diferença entre este tipo de plataformas, explica-se em “What Substack Is Really Doing to the Media“.
Importante para entender o impacto do Substack na comunicação social, até pelo renovado financiamento, “é reconhecer que o tipo de jornalismo que tende a prosperar lá – até agora, pelo menos na maior parte – não é realmente notícia. É comentário e análise, voltado para as classes tagarelas”.
O modelo nem sequer é inovador porque “o sucesso digital do The Times foi construído parcialmente numa grande expansão da sua secção de opinião; revistas como Atlantic e Mother Jones têm contado com os seus colunistas mais conhecidos para apoiar as suas reportagens e investigações publicadas originalmente”.
É precisamente esse tipo de “personalidades que o Substack está a perseguir e a roubar. Por definição, as pessoas que prosperam no Substack são exactamente aquelas cujo trabalho leva os leitores a usar os seus cartões de crédito e a fazer assinaturas. A ameaça que representa para as notícias, assim, é melhor entendida como económica. E isso deixa as empresas de media com duas opções: encontrar maneiras de competir com a Substack ou repensar o que oferecem e que a Substack não pode ou não quer”.
[act.: How Substack Revealed the Real Value of Writers’ Unfiltered Thoughts: You could also say that Substack has restored life to blogs, which were all the rage two decades ago but started fading with the advent of social media—or, maybe more specifically, that it’s solving a problem that blogs couldn’t, which is how to make popularity profitable.]