Portugal tem uma cobertura geral em banda larga de 83%, que baixa para os 69,4% nas áreas rurais. O país tem “em curso grandes investimentos para substituir os cabos submarinos que ligam a Madeira e os Açores ao continente europeu. Um cabo submarino ligando Portugal ao Brasil também deve entrar em operação em 2021, uma operação de 150 milhões de euros liderada pela EllaLink“.
Os dados constam do trabalho da OBC Transeuropa que combinou a velocidade de acesso à Internet recolhidos pela Ookla com as fronteiras dos municípios e regiões da Europa, para assim “explorar e comparar a velocidade média da Internet nos diferentes territórios”. Do projecto resultou ainda um painel interactivo que permite comparações inter-europeias.
A Agenda Digital da União Europeia pretende garantir uma cobertura de banda larga para todos os europeus de pelo menos 100 Mbps até 2025 e 1 Gigabit por segundo até 2030. A UE deve investir mais de 2 mil milhões de euros em conectividade nos próximos anos.
Em 2019, os débitos mais elevados apenas chegavam a 44% dos lares da UE, com “grandes disparidades tanto entre países individuais e entre áreas urbanas e rurais”.
Esta segunda-feira, 5 de Abril, a Anacom revelou como o acesso à Internet por satélite está a gerar algum interesse e que a Starlink, uma divisão da SpaceX, está a efectuar testes em Portugal.
Isto apesar de existirem apenas 1.200 subscritores no final do ano passado – um crescimento de “78,5% entre o 4º trimestre de 2018 e o 3º trimestre de 2020”. Esta oferta é “especialmente vocacionada para o acesso à Internet em zonas remotas, de baixa densidade populacional e/ou de orografia mais complexa”, e foi dinamizada pela pandemia.
Dos sete operadores licenciados, cinco usam a rede de satélites da Eutelsat, um a Euro Broadband e a Starlink está a testar a sua própria infra-estrutura. Após uma reunião a 4 de Março mas só agora divulgada pela entidade reguladora, esta empresa pretende “fornecer o acesso à Internet a 50 mil utilizadores em Portugal, prevendo atingir os 16 mil utilizadores até ao final de 2021”.
Com esse fim, foi registada a sociedade Space Exploration Technologies Portugal – SXPT, com um capital social dividido em 99 euros para a Starlink Holdings Netherlands e um euro para a SpaceX Netherlands. A sede foi registada no endereço da prestadora de serviços de auditoria e consultoria BDO Portugal, ficando a gerência a cargo de Lauren Ashley Dreyser.