O Facebook sofreu um ataque que resultou em mais de 530 milhões de contas acedidas ilegalmente, com os dados referentes às contas a serem revelados em público.
No caso de Portugal, acima de 2,2 milhões das mais de 6,2 milhões de contas podem ter sido acedidas.
O caso foi noticiado recentemente mas já tinha sido reportado em Janeiro pela Motherboard. Segundo o Facebook, o problema é ainda mais antigo e terá sido resolvido em 2019.
Entretanto, surgiu já um site para pesquisar se as suas informações pessoais estão nesta fuga de dados, o “Have I Been Facebooked?” Basta introduzir o código do país (+351 para Portugal) e o número do telefone que registou naquela rede social.
Embora este site declare que, “ao contrário do Facebook, não guardamos qualquer informação pessoal”, é difícil de confirmar. [act.: os dados parecem ser legítimos, ao incluir informação sobre o próprio Mark Zuckerberg, o CEO da empresa, mas esta solução e o “Have I Been Zucked?” parecem ser de evitar, perante a actualização com estes dados no mais antigo e reconhecido “Have I Been Pwned“.]
Difícil é também perceber como o Facebook pede – e os utilizadores dão – mais dados de segurança, quando já se percebeu que a plataforma social não é fiável: desde 2015, este é o seu 46º “escândalo“.
A melhor declaração para quem liberta muita informação pessoal nas redes sociais, Facebook e outras, é de Zuckerberg.
Em 2010, a revista Insider publicou a seguinte conversa que ele teve por Messenger (IM) com um amigo ainda na faculdade, pouco depois de lançar a rede então denominada The Facebook:
Zuck: Sim, se alguma vez precisares de informações sobre alguém em Harvard
Zuck: Pergunta-me.
Zuck: Tenho mais de 4.000 emails, fotos, endereços, SMS
[Amigo]: O quê? Como conseguiste isso?
Zuck: As pessoas acabaram de me enviar.
Zuck: Não sei porquê.
Zuck: Elas “confiam em mim”
Zuck: “Dumb fucks”.