O uso da inteligência artificial (IA) “ajudará as cidades a cumprir as suas metas climáticas e a actualizar a infra-estrutura obsoleta, ao mesmo tempo que reduz os gastos com energia e os custos operacionais da cidade”, refere o estudo “How Congress and the Biden Administration Could Jumpstart Smart Cities With AI“, da Information Technology & Innovation Foundation (ITIF).
Apesar de serem os governos municipais a “assumir a liderança na implantação de aplicações de cidades inteligentes com IA, há um papel importante para o governo federal no financiamento da investigação e desenvolvimento (I&D) e na coordenação de actividades ao nível nacional. As cidades inteligentes oferecem uma oportunidade estratégica para atender às necessidades de infra-estrutura e reduzidos orçamentos estaduais e locais ao mesmo tempo”.
Segundo o estudo da ITIF, há aplicações potenciais de IA para as “smart cities” ao nível dos transportes, rede elétrica, edifícios e operações urbanas que “podem reduzir significativamente a sua pegada ambiental”.
“As cidades enfrentam desafios significativos na investigação, desenvolvimento, demonstração e implantação de IA e de outras tecnologias de cidades inteligentes” e até “o risco e a incerteza limitam a adopção de tecnologias de IA”.
Para contornar esses constrangimentos, Singapura desenvolveu um “gémeo digital” (“digital twin”) da ilha que “governo, empresas e investigadores podem usar como base de testes para fazer simulações”.
No caso dos EUA, se alguns programas do governo estão a investir nestas áreas, “permanecem significativas lacunas de financiamento na demonstração e implantação”, nem existem iniciativas transversais de IA e de cidades inteligentes.
* Artigo da ITIF, sob licença CC. Foto: Angela Compagnone (Unsplash).