O Government Communications Headquarters (GCHQ) é um serviço de inteligência britânico encarregado da espionagem e contra-espionagem nas comunicações. No final de Fevereiro, publicou um primeiro relatório sobre o uso de ferramentas de inteligência artificial (IA) no combate ao abuso sexual infantil, tráfico e desinformação.

Um dos exemplos referidos é o uso da IA para fazer “fact checking” e detecção de “deepfakes” – em áudio ou vídeo – por forma a gerir a desinformação de outros estados que desejem minar a democracia no país.

No relatório “Pioneering a New National Security: the Ethics of AI“, explicam que esses usos serão feitos tendo por comparação fontes fiáveis de informação. Procura-se ainda desenvolver técnicas e capacidades para detectar e bloquear “botnets” em contas de media sociais.

Jeremy Fleming, director do GCHQ, salientou que o impacto da IA na agência é “profundo”, nomeadamente ao permitir que os analistas possam “gerir vastas quantidades de dados complexos e melhor o processo de decisão perante as crescentes ameaças complexas – desde a protecção de crianças a melhorar a cibersegurança”.