As principais prioridades no futuro laboral pós-pandemia devem ser a agilidade, a tecnologia (cloud, da IA e da Internet of Things) e a regulação emergente, em termos globais.
Esta é a opinião de cerca de 3.000 CEOs e responsáveis da Administração Pública entrevistados pela IBM, que referiram ainda a importância das pessoas e, por fim, os ecossistemas e parcerias para se focarem no essencial da sua organização.
Em termos europeus, no documento “The future of work – Trends, challenges and potential initiatives“, o European Parliamentary Research Service nota como a pandemia fez emergir “certas tendências e desafios que já estão a afectar o mercado laboral na Europa”.
Estas mudanças estão a notar-se na “digitalização e automação acelerada, maior uso de inteligência artificial [IA], restrições relacionadas à falta de capacidades digitais e problemas relativos à situação dos trabalhadores de plataformas online e de outros trabalhadores em formas de emprego atípicas”. Em paralelo, ocorreu uma “expansão sem precedentes no teletrabalho e no desenvolvimento de plataformas de transporte e de entregas, em resultado da necessidade de distanciamento social durante a pandemia”.
Acreditando que esses modelos vão existir para lá da pandemia, eles vão também gerar “novos desafios que a UE e os Estados-Membros terão de enfrentar”.
Por fim, o impacto destas tendências também se fará sentir a um nível mais reduzido no mercado imobiliário corporativo, como antecipou a CBRE Research.
“Apesar da significativa incerteza”, os líderes deste mercado “devem agora abraçar o desconhecido e enfrentar as novas realidades dos negócios”, refere o estudo onde se apresentam algumas “verdades fundamentais” para “avaliar as decisões de negócios de curto e longo prazo que determinarão o futuro do trabalho”.
As prioridades devem ter em atenção quatro áreas essenciais (talento, localização, ocupação e design e experiência). A evitar é a adopção de modelos híbridos que potenciem trabalhadores em dois patamares, os que se deslocam para o local de trabalho e os que teletrabalham em casa.
Uma outra perspectiva é dada para as mulheres no Médio Oriente pelo estudo “Women at work: Job opportunities in the Middle East set to double with the Fourth Industrial Revolution“, da consultora McKinsey.
Com dados a sustentar que “os empregos devem mais do que duplicar até 2030”, nota-se igualmente que “as mulheres ainda não estão suficientemente integradas em sectores de elevada produtividade” na região, nem sequer capacitadas para as tecnologias necessárias para aproveitar as vantagens dessas oportunidades de emprego.
A taxa de participação das mulheres na força de trabalho é das mais baixas do mundo (24,6% ou cerca de metade da média global) mas “o mais interessante” é que têm elevados níveis de alfabetização educacional, ocorrendo em alguns países que “o número de mulheres licenciadas já supera os homens”.
[act.: Work Will Never Be the Same]