O presidente-eleito Joe Biden, que esta quarta-feira deve tomar posse da presidência dos EUA, anunciou o “American Rescue Plan” para a recuperação económica durante a pandemia, no valor de 1,9 biliões de dólares. O plano inclui a modernização da infra-estrutura federal das tecnologias de informação (TI), antecipando futuros ciberataques, nomeadamente ao nível do governo federal, num valor ligeiramente acima dos 10 mil milhões de dólares.
Biden pede ao Congresso “o esforço mais ambicioso de todos os tempos para modernizar e proteger as redes e as TI federais”. No sentido de remediar a “confusão SolarWinds” e aumentar as ciberdefesas dos EUA, Biden pretende “que se possa:
– expandir e melhorar o Technology Modernization Fund. Um investimento de 9.000 milhões de dólares ajudará os EUA a lançar novos e importantes serviços partilhados de TI e de cibersegurança na Cyber Security and Information Security Agency (CISA) e na General Services Administration e concluir projectos de modernização em agências federais. Além disso, o presidente-eleito pede ao Congresso que mude a estrutura de reembolso do fundo para financiar projectos mais inovadores e impactantes.
– aumentar a contratação de especialistas em tecnologia e engenharia de cibersegurança. Fornecer ao Information Technology Oversight and Reform Fund 200 milhões de dólares permitirá a rápida contratação de centenas de especialistas para apoiar o Chief Information Security Officer e o US Digital Service.
– criar serviços partilhados e seguros para impulsionar projectos transformacionais. O investimento de 300 milhões de dólares em financiamento não-anual para Serviços de Transformação de Tecnologia nos Serviços Gerais da Administração impulsionará projectos de TI seguros sem a necessidade de reembolso das agências.
– melhorar a monitorização da segurança e das actividades de resposta a incidentes. 690 milhões de dólares adicionais para a CISA reforçarão a cibersegurança em todas as redes civis federais e apoiarão o teste-piloto de novos serviços partilhados de segurança e computação em nuvem”.
Este tipo de ciberproblemas continua na lista dos maiores riscos globais antecipados para 2021.