A “transformação digital” foi acelerada pela pandemia e assumiu “um papel fundamental na resposta à crise: a conectividade generalizada permitiu que algumas empresas e escolas se movessem online, enquanto aplicações móveis de rastreamento e inteligência artificial (IA) ajudaram a monitorizar e analisar a disseminação do vírus”.
Esta aceleração “amplificou as preocupações sobre a segurança e a privacidade”, bem como sobre (a falta do) acesso digital – uma oportunidade que os governos devem aproveitar para conseguir um futuro mais inclusivo e resiliente, explica a OCDE no seu recente Digital Economy Outlook 2020.
A organização detectou como a conectividade em larga escala permitiu a muitos adaptarem-se à crise. “As assinaturas de banda larga móvel quase triplicaram entre 2009 e Junho de 2019, passando de 32 para quase 113 assinaturas por 100 habitantes, enquanto o uso médio de dados móveis quadruplicou ao longo de quatro anos, atingindo 4,6 GB em 2018. Embora as ligações de fibra tenham aumentado a um ritmo mais lento, em Junho de 2019 representavam 27% de todas as ligações de banda larga fixa na OCDE e nada menos do que 50% em nove países da OCDE”, salienta.
Como referido, há uma divisão significativa no acesso e uso de ferramentas digitais nos países da OCDE. “Os utilizadores da Internet variavam de mais de 95% a menos de 70% da população adulta em 2019, e também existem diferenças demográficas importantes”, dado que 58% da faixa etária 50-74 anos usaram a Internet diariamente (eram “apenas 30% em 2010”) mas continuam abaixo dos 95% dos utilizadores entre os 16 e os 24 anos.
Este ano, 34 países da OCDE tinham uma estratégia digital nacional gerida ao nível dos governos, focando-se mais nas tecnologias emergente como a inteligência artificial (IA), “blockchain” e infra-estrutura para o 5G.
60 países tinham uma estratégia para a IA e países como a Alemanha, Austrália, Áustria, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, EUA, França ou Reino Unido tinham um plano para o 5G.