A Internet pode parecer mais rápida mas “o que é surpreendente é que, apesar das actuais velocidades de rede e dos processadores de computador muito mais rápidos, as pessoas que usam a Internet hoje ainda são atormentadas pela mesma frustração: sites lentos“.
A recente constatação do Nielsen Norman Group (NN/g) não é “encorajadora” quando se revela que “os sites actuais não são muito mais rápidos do que eram há 10 anos“.
O mesmo pode ser aferido nos acessos móveis, com as velocidades das ligações a aumentaram mas o mesmo a acontecer com o carregamento das páginas.
Este tipo de “atrasos de apenas alguns segundos prejudicam seriamente a experiência daqueles que tentam usar um site”, nota o NN/g, lembrando como na última década os efeitos do carregamento lento das páginas Web foram repetidamente comprovados para justificar o abandono e na conversão desses sites:
2009: [os motores de busca] Google e Bing relataram que até mesmo atrasos de meio segundo no tempo de carregamento resultavam em métricas de conversão mensuravelmente mais baixas (número de pesquisas e de receita por utilizador).
2010: a Mozilla descobriu que reduzir o tempo de carregamento da página em dois segundos levou a uma maior conversão (de 15%).
2011: uma análise a 150 milhões de visualizações de página em 150 sites permitiu constatar que as páginas que demoravam seis segundos para carregar tinham 25% mais hipóteses de serem abandonadas do que as carregadas em apenas dois segundos.
2016: a Google descobriu que aumentar o tempo de carregamento das suas página de resultados do motor de busca (“Search Engine Results Pages” ou SERPs) em meio segundo resultou numa taxa de 20% maior rejeição. E se uma página num dispositivo móvel demorar mais de três segundos a carregar, 53% abandonam essa página.
2017: a Akamai agregou dados de 17 retalhistas (sete mil milhões de visualizações de páginas) e constatou que as taxas de conversão eram mais altas para páginas carregadas em menos de dois segundos; os tempos de carregamento mais longos estavam correlacionados com diminuição nas taxas de conversão e de rejeição, especialmente para os acessos por dispositivos móveis.
2018: a BBC descobriu que, por cada segundo a mais no tempo de carregamento de uma página, 10% dos utilizadores desistem dessa visita.
Para o NN/g, a conclusão é simples: “reduzir o tempo de carregamento da página até um segundo melhora a experiência dos utilizadores e aumenta as taxas de conversão. Quanto mais lento for o site, mais se terá a ganhar em torná-lo mais rápido”.