As cidades na China continuam a liderar a lista de zonas urbanas mais vigiadas por videocâmaras. No entanto, a instalação destes dispositivos de captação de imagens não tem efeitos na criminalidade, detectou uma análise da Comparitech.

No final do ano passado, “metade da videovigilância global” estava na China”, enquanto poucos meses antes, em Setembro, este país já liderava nas “cidades mais videovigiadas“.

O que aparentemente mudou foi o crescimento de zonas urbanas videovigidas, como mostram os mapas apresentado pela empresa de segurança.

“No entanto, alguns moradores que vivem em cidades do Reino Unido e da Índia também se vêem cercados por um grande número de olhos atentos, como observamos pelo número de videocâmaras públicas nas 150 cidades mais populosas do mundo”, refere.

Neste último caso, as cinco principais cidades têm a seguinte relação entre videocâmaras e milhar de pessoas:
– Tóquio: 39.504 videocâmaras para 37.393.129 pessoas = 1,06 videocâmaras por mil pessoas:

– Delhi: 429.500 videocâmaras para 30.290.396 pessoas = 14,18 videocâmaras por mil pessoas;

– Xangai: um milhão de videocâmaras para 27.058.480 pessoas = 36,96 videocâmaras por mil pessoas;

– São Paulo: 4.823 videocâmaras para 22.043.028 pessoas = 0,22 videocâmaras por mil pessoas;

– Cidade do México: 87 mil videocâmaras para 21.782.378 pessoas = 3,99 videocâmaras por mil pessoas.

A Comparitech nota ainda que o “argumento principal a favor da videovigilância”, que passa por diminuir o crime, não funciona. De um modo geral, comparando o número de videocâmaras com índices de criminalidade, “mais videocâmaras não reduzem necessariamente as taxas de criminalidade”.