Na Europa, as empresas antecipam que as consequências da pandemia do COVID-19 vão persistir durante mais tempo do que muitas das previsões inicialmente assumidas, revela o estudo “European CFO Survey Spring2020 – Deloitte“.
“As empresas concentram-se em áreas específicas: liquidez, continuidade dos negócios através de diferentes acordos de trabalho e um uso eficaz dos planos de comunicação”, antecipa o estudo realizado pela Deloitte 6 e 23 de Março passado. De carácter semestral, o estudo teve contribuições de 1.000 CFOs de 18 países europeus, incluindo Portugal.
A média para o nosso país relativa aos CFOs que “estavam menos optimistas em relação aos resultados financeiros das suas empresas” era de 59%, perto dos 63% na Europa.
A consultora salienta ainda “o decréscimo das expectativas dos CFOs ao longo do mês nos diversos indicadores”, com 31% dos CFOs a falarem de uma “diminuição do número de colaboradores das suas empresas nos próximos 12 meses”.
As empresas antecipam uma maior atenção nas “medidas reactivas a curto prazo”, sendo a liquidez um elemento essencial: “dois em cada três CFOs em Portugal, tal como na Europa, estão a cortar na despesa”, enquanto algumas empresas (14% em Portugal e 22% na Europa) estão também a adiar o compromisso de investimento a longo prazo para libertar recursos imediatos”.
Por fim, “repensar os planos de comunicação é a terceira área de foco, priorizada por mais de metade das indústrias em Portugal. Este é um passo essencial em tempos de crise para prestar apoio e manter a confiança dos ‘stakeholders’. A inexistência de comunicação, assim como falhas ou conflitos, podem diminuir significativamente a capacidade de resposta das empresas”, refere ainda a consultora.