A inteligência artificial (IA) não vai substituir o jornalismo mas poderá conseguir tratar das rotinas editoriais e dar aos jornalistas “novos poderes de descoberta, criação e ligação”.
Parece existirem poucas dúvidas sobre a importância que a IA terá no sector mas, no entanto, será uma relação futura “incerta”, com potencial para influenciar como o jornalismo será feito e consumido, antecipa o estudo “New powers, new responsibilities – A global survey of journalism and artificial intelligence“, da London School of Economics and Political Science (LSE).
Os inquiridos para o documento identificaram seis áreas onde a IA está (ou poderá) fazer diferença na prática editorial, incluindo ao nível económico (substituir jornalistas por IA terá um impacto negativo nas normas editoriais), disseminação de desinformação, melhoria nas decisões editoriais, também balançadas com a criatividade e os valores humanos, o papel da potencial concorrência pelas empresas tecnológicas ou o enviesamento algorítmico e erros pelo uso de maus conjuntos de dados.
Neste último factor, pode ser útil o documento em actualização “AI Ethics Guidelines Global Inventory“, da Algorithm Watch. Da mesma forma, poderá ser interessante este “white paper da Google sobre as “Perspectives on Issues in AI Governance“, bem como sobre a visão que o Departamento de Defesa dos EUA tem sobre a IA.
O estudo Polis/LSE inquiriu responsáveis em 71 organizações noticiosas de 32 países. Portugal participou pelo Observador.