A OpenSignal revelou no início de Fevereiro o seu primeiro relatório sobre o “State of Mobile Networks: Portugal“. A comunicação social valorizou o estudo, internamente mas também no exterior.
O estudo é uma pequena amostra do total de utilizadores das redes móveis nacionais mas isso não foi tido em consideração na divulgação pública. A empresa apenas regista os dados de utilização de quem usa a sua aplicação no smartphone.
O comunicado prévio da empresa sobre o relatório (a informação esteve sob embargo até 31 de Janeiro) alertava que “os nossos dados são recolhidos diariamente em dezenas de milhões de telemóveis mundialmente”. Em síntese, a capacidade das redes não era analisada junto dos operadores.
No próprio estudo sobre Portugal, é especificado que foram recolhidos mais de 178 mil “datapoints” de apenas 18.880 utilizadores de smartphones entre 1 de Setembro e 30 de Novembro de 2017.
Basta comparar esse pequeno número de utilizadores com os 6,8 milhões de indivíduos com smartphone, contabilizados em Dezembro passado no Barómetro de Telecomunicações da Marktest ou nos dados referentes ao trimestre finalizado em Setembro, para se perceber como os resultados são apenas indicativos mas nunca conclusivos – ao contrário do que foi amplamente divulgado.